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Mostrando postagens de 2010

Pré-lançamento do meu livro: "Narrativas Memorialísticas: Por uma Arte docente na Escolarização da Literatura".

Ver imagem maior http://www.editoracrv.com.br/?f=produto_detalhes&pid=3111 NARRATIVAS MEMORIALÍSTICAS: Por uma arte Docente na Escolarização da Literatura Autor(es):  Patrícia Porto ISBN:  978-85-62480-94-2 Editora:  EDITORA CRV Distribuidora:  EDITORA CRV Disponibilidade:  15 Dia(s) Número de páginas:  234 Ano de Edição:  2010 Formato do Livro:  16x23 Número da Edição:  1 ................................................... de  R$ 44,90  por  R$ 39,90 Quantidade: Sinopse        Da significância simbólica do nome da autora, chegamos ao espaço de chegada e de partida das naus, movidas pelos ventos da memória polifônica, que na espiral do tempo nos conduzem às Narrativas Memorialísticas: Por uma Arte Docente na Escolarização da   Literatura .                 Na leitura apaixonante...

Livros

Caetano Veloso Tropeçavas nos astros desastrada Quase não tínhamos livros em casa E a cidade não tinha livraria Mas os livros que em nossa vida entraram São como a radiação de um corpo negro Apontando pra a expansão do Universo Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso (E, sem dúvida, sobretudo o verso) É o que pode lançar mundos no mundo. Tropeçavas nos astros desastrada Sem saber que a ventura e a desventura Dessa estrada que vai do nada ao nada São livros e o luar contra a cultura. Os livros são objetos transcendentes Mas podemos amá-los do amor táctil Que votamos aos maços de cigarro Domá-los, cultivá-los em aquários, Em estantes, gaiolas, em fogueiras Ou lançá-los pra fora das janelas (Talvez isso nos livre de lançarmo-nos) Ou ¬ o que é muito pior ¬ por odiarmo-los Podemos simplesmente escrever um: Encher de vãs palavras muitas páginas E de mais confusão as prateleiras. Tropeçavas nos astros desastrada Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas...

Narrativas Memorialísticas: Para Alfabetizar o Rei - “Todo menino é um Rei. Eu também já fui Rei...”

                       Esta é a história de Renato, meu aluno e meu amigo. Quando conheci Renato alguns já diziam que “ele não tinha mais jeito”, era uma criança “irrecuperável...” “Uma simples questão de tempo.” Aos dez anos de idade, ainda no 3º ano, aquele menino franzino e assustado com tudo e todos, já tinha sido, por diversas vezes, julgado e sentenciado à morte intelectual. Tratava-se na época de mais um “aluno moribundo”, fadado ao insucesso e enviado para minha classe de Re-alfabetização, o CTI dos “casos perdidos”. Minha sala ficava onde antes era o almoxarifado da escola ou porta-treco, guarda-tudo. Um lugar abafado, entre livros esquecidos e restos de material escolar, coisas e mais coisas que, juntas, criavam uma bricolagem inusitada. As crianças, sempre com grande desconfiança, passavam pela sala ou por mim correndo e assustadas, algumas até se esquivavam quando ...

Professoras mais que Maluquinhas.

" Poesia é bom mesmo... fora da estante !", publicado no último número da Revista de Poesia Infantil Tigre Albino www.tigrealbino.com.br - Seção Tigre em Movimento.  Por Rosangela Sivelli. Sábio, em suas raízes etimológicas, significa “aquele que degusta”. Ser sábio não é ter acumulado conhecimentos num grau superlativo : é haver desenvolvido a capacidade erótica de sentir o gosto da vida. Sapiência é “nada de poder , uma pitadinha de saber e o máximo possível de sabor”. ( Roland Barthes) As escolas da Rede Pública Municipal de Ensino da Cidade do Rio de Janeiro contam com um espaço especial que é a Sala de Leitura, local onde trabalho na E. M. Barão Homem de Melo, em Vila Isabel. Voltado para a promoção da leitura e a formação de leitores, o espaço é convidativo para a manifestação da criação e produção de leituras com alegria e prazer, misturando um toque mágico de sabor e saber. Nesse espaço fervilham como num caldeirão mágico muitos textos, muitas leituras, d...

Artigo sobre Folclore Infantil.

Ver texto completo: http://www.pedagogia.com.br/artigos/poeticadalinguagem/ Poética da Linguagem: Um Trançado de Bilro entre Oralidade, Literatura e Folclore Autor: Patricia de Cássia Pereira Porto Data: 05/07/2010 RESUMO O discurso oral é um tecido social coletivo. Somos herdeiros das tradições orais que formaram vários povos, herdamos das tradições simbólicas as histórias que tecem toda cultura oral nascida no seio da coletividade. As vozes que ecoam das classes populares, dos griôs, dos oprimidos, dos iletrados ? é a voz da memória mítica que ao ressurgir como força motriz de uma memória coletiva nos faz mergulhar na nossa História brasileira feita de muitas histórias singulares silenciadas, sufocadas, interrompidas. Por isso a proposta deste texto nasce da busca por uma práxis transformadora que propicie a inclusão efetiva da prática da "oralidade" e da arte folclórica, bem como a conseqüente pluralidade de saberes que daí advém como processo de re-significação do pa...

Quando o hábito da leitura vem desde os tempos de criança.

01/07/2010 Vinicius Zepeda Histórias em quadrinhos são importante instrumento para desenvolver o hábito da leitura entre as crianças Nos últimos anos, o mercado editorial de livros voltados para o público infantil e juvenil brasileiro está experimentando um verdadeiro boom no lançamento de obras e de vendagens de títulos devido ao apoio pelo governo federal para a criação de espaços de leitura em escolas. A afirmação é da professora e coordenadora do curso de especialização em literatura infanto-juvenil da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e organizadora do VI Encontro de Literatura Infanto-Juvenil: Percursos da Leitura, Rosa Maria de Carvalho Gens. O evento, apoiado pela FAPERJ, será realizado nos dias 13, 14 e 15 de julho na universidade. “E o impulso ao setor vai continuar, pois o governo sancionou em maio deste ano uma lei que obriga que até 2020 todas as escolas do País a contarem com uma biblioteca em seu espaço”, complementa Rosa. O VI ...

Escrevendo histórias para reencantar a escola

Eu sei escrever. Escrevo cartas, bilhetes, lista de compras, composição escolar narrando o belo passeio à fazenda da vovó que nunca existiu porque ela era pobre como Jó. (Adélia Prado in Terra de Santa Cruz) “Não gosto dessa folha grande – toda branca. Vou ter que escrever tudo isso? Tem que escrever?” (fala de Gustavo – 10 anos – 3a etapa do 1o ciclo)                       Não é só o Gustavo que não gosta de grandes folhas em branco. Na escola, a língua como inescapável lei parece prevalecer sobre a linguagem e o desejo. (Zaccur, 2000, 122) E o nosso desejo, onde fica? Para onde vai? Em todos os tempos, famosos escritores e compositores passaram pelo tormento da “folha em branco”. Graciliano Ramos dizia que escrever dava muito trabalho e escrever romances era muito penoso. Ao refletir sobre a “escrita” e sua função social no Cotidiano Escolar percebemos o quanto nós, educador...

Albert Einstein.wmv

É conhecido por desenvolver a teoria da relatividade. Recebeu o Nobel de Física de 1921, pela correta explicação do efeito fotoelétrico; no entanto, o prêmio só foi anunciado em 1922. O seu trabalho teórico possibilitou o desenvolvimento da energia atômica, apesar de não prever tal possibilidade. Devido à formulação da teoria da relatividade, Einstein tornou-se mundialmente famoso. Nos seus últimos anos, sua fama excedeu a de qualquer outro cientista na cultura popular: "Einstein" tornou-se  sinônimo de gênio. Foi eleito pela revista Time como a "Pessoa do Século". Frases de Einstein: "A imaginação é mais importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o mundo inteiro." "A imaginação é mais importante que o conhecimento." "A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original."

Contando histórias para reencantar a escola.

A literatura tem na voz o seu meio de expressão e transmissão oral e, na escrita, por sua vez _ à mão e em letra impressa _ a garantia da permanência das sucessivas fases de um labor tradicional contínuo que perpetua através dos séculos e ao mesmo tempo a renova em cada elo das múltiplas correntes que dele derivam. Assim é que o suporte físico do papel tem contribuído para a “permanência da voz”. Mas por outro lado, nem a representação escrita nem a icônica conseguem aprisionar a voz. Ao contrário, renovam-na continuamente, emprestando-lhe novas cores, novas perspectivas, abrem-lhe novos caminhos que cada contador sabe traçar com sua percepção de co-autor dessa produção oral. É essa multiplicidade de vozes e letras que torna o texto tradicional semanticamente denso e quanto à forma, representativo de uma diversidade multifacetada que se revela por meio de marcas temporais, espaciais e socioculturais distribuídas na sua constituição literária. Oralidade, literatura e alfabetizaçã...

Sebastianistas e quixotescos na espiral da reinvenção.

-------------------------------------------------------------------------------- Com os tempos da escola.                Vivemos um tempo de ego-ísmos, de um voltar-se para um universo interior, muitas vezes estéril e carregado de tensões e contradições, estas que atravessam singularmente o drama da contemporaneidade ou ainda - de todos os tempos, se pensarmos o homem em sua ânsia de conhecer a vida e o que há nela de mistério, o homem amarrado a um mundo desconcertantemente desumanizado, pleno de angústias coletivas, de incertezas em face de um amanhã, marcado por guerras, medos e outras aflições universais. Sentindo-se comprimido, diminuído em sua essência, ao pensar que a técnica e a evolução das ciências o esmagam sob seu peso, o homem da atualidade, da sociedade da informação, torna-se ao mesmo tempo inventor e fugitivo dos (des)confortos que cria, fugindo da realidade única que julga conhecer. Vivemos...

Nossa língua portuguesa entre o poder e a liberdade.

               A língua é poder, está nas relações de poder: numa arena de conflitos(1). E é com o peso das leis que a padronizam que ela cai sobre os ombros dos professores. O que dizer do professor de língua portuguesa. Entre regras e limites, o que pode e o que não pode, o que é certo e o que é errado, a língua padrão torna-se a materna: ora mãe boa, ora mãe má. Nas andanças da vida, quem nunca ouviu esses dizeres: isto é um crime, isto é um insulto à língua portuguesa, à boa língua portuguesa! Em sala de aula, a língua oficializada pelo poder é também a madrasta dos contos de fada, recusando os filhos considerados ilegítimos: essa palavra que você está falando aí não existe.             Ora, a língua é um código, uma linguagem em sistemas, mas ela não está acabada, fechada, a não ser que esteja morta. Estando viva, a língua é um ato de criação ininterrupto, (...

Leitura Através...

-------------------------------------------------------------------------------- Artigo publicado na Página da Educação, Porto, Portugal: http://www.apagina.pt/Download/PAGINA/SM_Doc/Mid_2/Doc_10225/Doc/Página_10225.pdf Leitura... uma coleção indefinida de experiências irredutíveis umas às outras. Roger Chartier Ler é sempre um encontro enigmático e labiríntico com o(s) outros(s). Por isso está na sutileza da palavra, está na riqueza dos significados. Goethe dizia que ler é a arte de desatar nós cegos. Podemos pensar a frase de Goethe num contexto polissêmico em que nós cegos podem ser os nós difíceis da vida, os nós da garganta, os nós pelo corpo; ou ainda podemos pensar em nós cegos a partir de algumas cegueiras que desenvolvemos em relação ao mundo que vivemos. Ler não é apenas decodificar os códigos da língua. É também desfazer os nós cegos de uma não compreensão sobre isto ou aquilo. É poder enxergar no fora o que vai por dentro ou vice-versa. Podemos experimentar a vid...

A leitura lúdica é um jogo, é uma brincadeira...

"O verbo ler não suporta o imperativo" Daniel Pennac Para Morshida (1997) , o jogo que tinha a função de desenvolver fantasias, com caráter de gratuidade, é, atualmente, canalizado para uma visão de eficiência, visando à formação do "grande homem de amanhã", e torna-se, em decorrência disso, "pago". A especialização excessiva dos "brinquedos educativos", dirigidos ao ensino de conteúdos específicos, está retirando o jogo de sua área natural, eliminando o prazer, a alegria e a gratuidade, ingredientes indispensáveis à conduta lúdica. É na interação com os outros que se desenvolve uma aprendizagem fundante com a comunidade, seja através da estrutura da linguagem, da música, da arte, dos jogos e brincadeiras e de toda uma história coletiva, que também são essenciais para o desenvolvimento cognitivo de todas as crianças. É através também da compreensão de todos esses elementos culturais reunidos que começamos a apreciar o sentido complexo do des...

Brincadeiras Cantadas

"Disciplina é liberdade." (Renato Russo) Poema: A INFÂNCIA E AS “CEM LINGUAGENS” A criança é feita de cem... A criança tem cem linguagens (e depois cem cem cem) mas roubam-lhe noventa e nove. A escola e a cultura lhe separam a cabeça do corpo... Dizem-lhe enfim: Que o cem não existe. A criança diz: Ao contrário o cem existe. (Loris Malaguzzi) Quando as crianças brincam de aprender ou se expressam com liberdade, o artista aparece. Vejam o vídeo e comentem, trazendo contribuições ou outros exemplos. Patricia Porto

Arte-Educação: Cantigas de roda.

1 - O sapo não lava o pé (Cantiga Popular) Ia passando Numa pinguelinha Meu chinelinho Caiu do pé Os peixinhos reclamaram: Que cheirinho de chulé O sapo não lava o pé Não lava porque não quer ele mora lá na lagoa Não lava o pé Porque não quer Mas que chulé !! 2 - O sapo não lava o pé (versão atual) O sapo não lava o pé Não lava porque não quer ele mora lá na lagoa Não lava o pé Porque não quer Mas que chulé !! A sapa na lava a pa... Qual o papel da cantiga de roda no ensino-aprendizagem de crianças pequenas? Por que programas infantis modernos, que passam em canais abertos e fechados da televisão brasileira, investem e financiam pesquisas com músicas do folclore infantil? Certamente o pesquisador de alfabetização e letramento deverá estar atento para isso, para o que realmente acontece no mundo da criança pequena.  Algumas correntes chegam mesmo a condenar o uso desse material lúdico nas aulas de alfabetização, justicando que essas c...