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Poética da Linguagem: Um Trançado de Bilro entre Oralidade, Literatura e Folclore
Data: 05/07/2010
RESUMO
O discurso oral é um tecido social coletivo. Somos herdeiros das tradições orais que formaram vários povos, herdamos das tradições simbólicas as histórias que tecem toda cultura oral nascida no seio da coletividade. As vozes que ecoam das classes populares, dos griôs, dos oprimidos, dos iletrados ? é a voz da memória mítica que ao ressurgir como força motriz de uma memória coletiva nos faz mergulhar na nossa História brasileira feita de muitas histórias singulares silenciadas, sufocadas, interrompidas. Por isso a proposta deste texto nasce da busca por uma práxis transformadora que propicie a inclusão efetiva da prática da "oralidade" e da arte folclórica, bem como a conseqüente pluralidade de saberes que daí advém como processo de re-significação do passado no presente. Isto objetivando mostrar a criança como sujeito da sua própria cultura e história, autora das suas palavras. Propomos assim um discurso oral dialogado que enfatize a poética da linguagem na "escolarização da literatura" na escola.
Miremos as crianças. São aprendizes de tecelãs, muitas trabalhadoras e arteiras desde a infância. É possível aprender com elas a importância das trocas simbólicas que habitam a arte de um conhecimento comum partilhado entre brincadeiras e desafios, entre a alegria e a espera, entre o que há de invenção, de imaginário e o que há de real e concreto no mundo vivido. Como na conhecida cantiga:
Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar
O Anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou
(...)
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