1 - O sapo não lava o pé
(Cantiga Popular)
Ia passando
Numa pinguelinha
Meu chinelinho
Caiu do pé
Os peixinhos reclamaram:
Que cheirinho de chulé
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
ele mora lá na lagoa
Não lava o pé
Porque não quer
Mas que chulé !!
2 - O sapo não lava o pé
(versão atual)
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
ele mora lá na lagoa
Não lava o pé
Porque não quer
Mas que chulé !!
A sapa na lava a pa...
(Cantiga Popular)
Ia passando
Numa pinguelinha
Meu chinelinho
Caiu do pé
Os peixinhos reclamaram:
Que cheirinho de chulé
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
ele mora lá na lagoa
Não lava o pé
Porque não quer
Mas que chulé !!
2 - O sapo não lava o pé
(versão atual)
O sapo não lava o pé
Não lava porque não quer
ele mora lá na lagoa
Não lava o pé
Porque não quer
Mas que chulé !!
A sapa na lava a pa...
Qual o papel da cantiga de roda no ensino-aprendizagem de crianças pequenas? Por que programas infantis modernos, que passam em canais abertos e fechados da televisão brasileira, investem e financiam pesquisas com músicas do folclore infantil? Certamente o pesquisador de alfabetização e letramento deverá estar atento para isso, para o que realmente acontece no mundo da criança pequena. Algumas correntes chegam mesmo a condenar o uso desse material lúdico nas aulas de alfabetização, justicando que essas canções seriam simplistas, "bobas", "sem sentido no mundo da criança de hoje. O preconceito que se formou em torno da apresentação das cantigas de roda às crianças tem como base "a criança ideal" da modernidade ou pós-modernidade. Das mesas de seus gabinetes alguns pesquisadores da infância condenam aquilo que nunca conheceram de fato e campo. Tomo como fundamentação os estudos e pesquisas de Florestan Fernandes para reafirmar o meu contínuo entusiasmo com o estudo do folclore infantil que antes de condenar e fazer "careta" para o uso das cantigas de roda, procura conhecer a história das cantigas, a socialização da infância, a distinção entre as classes sociais, a questão de gênero, a questão dos grupos, o arcaismo da linguagem - todo um universo instigante de conhecimento. Negar as cantigas é negar o passado, a história da infância, o direito à infância em nome de ranços - isso sim, de práticas burocráticas de gabinete que tentam hoje institucionalizar a infância.
Patricia Porto
Patricia Porto
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