Era uma vez o livro proibido pelo MEC Quando li a notícia de que o Ministério da Educação (MEC), através de ofício, ordenou o recolhimento de noventa e três mil exemplares do livro infantil “Enquanto o sono não vem”, de José Mauro Brant, quem perdeu o sono fui eu. Lembrando que o livro faz parte do Programa de Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), programa voltado para alunos das séries iniciais das escolas públicas. Pergunto então: como é possível que uma obra baseada nas histórias orais da cultura brasileira possa ofender tanto? Será que os técnicos do ministério não entenderam que há neste ato uma atitude altamente repressiva? E o que há por trás desta determinação tão autoritária? A confusão começou quando educadores muito preocupados entenderam que o conto “A triste história de Eredegalda” fazia referência a incesto, um tema por demais complexo para ser comentado com crianças pequenas. Claro. Mas, espera aí… Só para citar dois, pois receio que terão que proibir também C
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