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Para não parar de Ler: O Romantismo Alemão.

Por  Ana Lucia Santana O   Romantismo Alemão   é um movimento que nasce no final do século XVIII, na Alemanha, embora depois se dissemine por todo o Ocidente, renovando as raízes culturais desta esfera da civilização. Ele se contrapõe ao culto exacerbado da Razão, perpetrado pelo Iluminismo. O movimento alemão foi criado pelos irmãos August e Friedrich Schlegel, por Novalis, jovem poeta, pelo autor de obras dramáticas Ludwig Tieck e pelos ícones da Filosofia Schelling e Schleiermacher, todos unidos em torno da revista “Atheanum”, em 1797. Esta escola logo se estendeu por toda a Alemanha, contagiando a poesia e a literatura com a presença de Goethe e Schiller, a música com os compositores Beethoven e Brahms, as Artes Plásticas com a Escola de Berlim e Frankfurt, e a filosofia. Este ideal racionalista rouba do mundo seu encantamento, o vínculo com o sobrenatural, e agora resta aos jovens românticos desbravarem o universo desconhecido do inconsciente. Eles acreditam profundamen

SER PEDAGOGO É...

             "As narrativas das nossas experiências na vida e na escola poderão não pertencer a uma determinada época da historiografia tradicional, mesmo porque trarão dentro de si inúmeras versões e ramificações, fugindo à “forma/fôrma” da História oficial, de versões definitivas, mas essas narrativas estão na latência e na complexidade desse cotidiano no qual tecemos relações. O definitivo é também provisório, nos remetendo a própria reformulação das experiências. Estamos neste “tempo/espaço” a nos re-tecer continuamente, tentando por vezes remontar os números das agendas que não seguimos – os fios que se perdem na produção diária da vida, na “produção do material, do espiritual e das relações sociais”. (Lefebvre, 1991, 37)  PORTO, Patrícia. Narrativas memorialísticas: Por uma Arte Docente na Escolarização da Literatura.   Trabalhos dos meus alunos de Didática I,  Semestre 2, 2012. 

Versão Cordel Encantando: O Coronel e o Lobisomem.

O Coronel Ponciano de Azeredo Furtado é uma espécie de herói picaresco da cidade de Sobradinho. Contador de suas façanhas e seu esforço em lutar contra as mais variadas formas de injustiça, como o valente de circo, o cobrador de impostos, o tipo  agiota. Espécie de cavaleiro andante das causas perdidas, solteirão rico, é cobiçado pelas mães ansiosas pelo casamento de suas filhas. Embora seja fraco no entendimento de coisas econômicas e administrativas (especulação do açúcar), é um forte na arte de desencantar assombrações e cair na artimanha de mulheres casadas. E foi caindo no canto da "sereia" Esmeraldina que o coronel topou com o lobisomem. Com Pernambuco Nogueira, o suposto lobisomem, marido de sua prima Esmeraldina, Ponciano compõe um triângulo amoroso que acaba em tragédia. O Coronel e o Lobisomem  tem várias versões: Na literatura O Coronel e o Lobisomem , romance  brasileiro  de  José Cândido de Carvalho  ( 1964 ). No cinema O Coronel e o Lob

ASSÉDIO MORAL: Denunciar para não enlouquecer.

DO SEPE.  Conheça a Lei Estadual no 3921 de 23 de Agosto de 2002. LEI Nº 3921, DE 23 DE AGOSTO DE 2002. * VEDA O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, NO ÂMBITO DOS ÓRGÃOS,  REPARTIÇÕES OU ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO CENTRALIZADA, AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES, EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, DO PODER LEGISLATIVO, EXECUTIVO OU JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, INCLUSIVE CONCESSIONÁRIAS E PERMISSIONÁRIAS DE SERVIÇOS ESTADUAIS DE UTILIDADE OU INTERESSE PÚBLICO, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO D E C R E T A: Art.1º - Fica vedada, no âmbito dos órgãos, repartições ou entidades da administração centralizada, autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de economia mista, do Poder Legislativo, Executivo ou Judiciário, inclusive concessionárias ou permissionárias de serviços estaduais de utilidade ou interesse público, o exercício de qualquer ato, atitude ou postura que se possa caracterizar como assédio moral no trabalh

Projeto Político Pedagógico: Escola da Ponte, Porto, Portugal.

Projeto A Escola Básica da Ponte situa-se em S. Tomé de Negrelos, concelho de Santo Tirso, distrito do Porto. A Escola Básica da Ponte é uma escola com práticas educativas que se afastam do modelo tradicional. Está organizada segundo uma lógica de projeto e de equipa, estruturando-se a partir das interações entre os seus membros. A sua estrutura organizativa, desde o espaço, ao tempo e ao modo de aprender exige uma maior participação dos alunos tendo como intencionalidade a participação efetiva destes em conjunto com os orientadores educativos, no planeamento das atividades, na sua aprendizagem e na avaliação. Não existem salas de aula, no sentido tradicional, mas sim espaços de trabalho, onde são disponibilizados diversos recursos, como: livros, dicionários, gramáticas, internet, vídeos… ou seja, várias fontes de conhecimento. Este projeto, assente em valores como a Solidariedade e a Democraticidade, orienta-se por vários princípios que levaram à criação de uma gr

Edgar Morin defende reforma radical no ensino.

"O filósofo e sociólogo Edgar Morin (...) defende uma «reforma radical» do modelo de ensino nas universidades e escolas, salientando a necessidade de acabar com a 'hiperespecialização' . «Temos a necessidade de reformar radicalmente o actual modelo de ensino nas universidades e escolas secundárias. Porquê? Porque actualmente o conhecimento está desintegrado em fragmentos disjuntos no interior das disciplinas, que não estão interligadas entre si e entre as quais não existe diálogo», sublinha, em entrevista à Lusa. O filósofo francês considera que o modelo actual leva a «negligenciar a formação integral e não prepara os alunos para mais tarde enfrentarem o imprevisto e a mudança». Edgar Morin, de 88 anos, critica, por exemplo, que nas escolas e universidades «não exista um ensino sobre o próprio saber», ou seja, sobre «os enganos, ilusões e erros que partem do próprio conhecimento», defendendo a necessidade de criar «cursos de conhecimento sobre o próp

NO DIA DO LIVRO: "Leitura Através" Patrícia Porto (A Página da Educação, Porto, Portugal)

                  Leitura Através... Leitura... uma coleção indefinida de experiências irredutíveis umas às outras.   Roger Chartier Duy Huynh                 Ler é sempre um encontro enigmático e labiríntico com o(s) outros(s). Por isso está na sutileza da palavra, está na riqueza dos significados. Goethe dizia que ler é a arte de desatar nós cegos. Podemos pensar a frase de Goethe num contexto polissêmico em que nós cegos podem ser os nós difíceis da vida, os nós da garganta, os nós pelo corpo; ou ainda podemos pensar em nós cegos a partir de algumas cegueiras que desenvolvemos em relação ao mundo que vivemos. Ler não é apenas decodificar os códigos da língua. É também desfazer os nós cegos de uma não compreensão sobre isto ou aquilo. É poder enxergar no fora o que vai por dentro ou vice-versa.                Podemos experimentar a vida, ler a vida, através de uma rica diversidade que está ao nosso redor: uma imagem,uma pintura, um símbolo, um ruído, uma vibra