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BOOK TRAILER Livro Cabeça de Antígona de Patricia Porto

BOOK TRAILER | poesia "Cabeça de Antígona" de Patricia Porto Maranhense, nascida em São Luís, radicada em Niterói, Patrícia Porto é formada em Literatura e mestre e doutora em Educação. Tanto como pesquisadora, quanto poeta, Patrícia Porto trabalha a memória como matéria prima de suas criações. Cabeça de Antígona (Ed. Reformatório, 2017) é o seu trabalho mais depurado no mergulho na memória. É o ponto alto de uma trilogia poética. Nele, a memória não é fundadora nem salvadora. A memória é carne. É corpo. É mulher. É aqui e agora. É onde a memória encontra seu lugar no mundo – e onde pode enfrentá-lo. Não há dúvida que o corpo feminino é um campo de disputas, de desejos, de interdições, de promessas e de libertação. Mas quando esse corpo é também o corpo da memória, todas essas características são transpassadas pelo tempo passado e pelo hoje. O corpo é a casa da memória. E Cabeça de Antígona é a casa em que essa memória se diz, se afirma, se impõe e encara o futuro, com...

“Cabeça de Antígona" faz uma bela mediação entre a cena e o poema

Resenha de Fernando Andrade Ambrosia http://ambrosia.com.br/literatura/cabeca-de-antigona-faz-uma-bela-mediacao-entre-cena-e-o-poema/ A vida é pequena para uma tragédia? A vida é longa em suas pa(i)ssagens? Como ver em cada cena, luz & sombra como um teatro reflete o vivente que nela se deita, palco? porque a vida em pé nunca saberemos quantas pedrinhas ou britas da poesia do Drummond (ande) haverá no caminho. Será que todos aparato das experiências que estão dentro do baú de guardados foram esquecidas? Pergunto, olhando as pessoas, se temos gosto pelo inóspito destas paisagens onde o horizonte reflete a alma do caminhante-viajante. Se a vida é narrativa mas não ficção, o quê? O poeta pode fazer com a palavra-meta. A tarefa ou liame é lidar com os olhos do subtexto, pois o poeta tem uma faca atrelada ao dentes que é a linguagem. Corta que é uma maravilha. Corta na carne e sangra… O livro de poemas Cabeça de Antígona da poeta Patricia Porto pela Editora Reformatório, poe...

Cabeça de Antígona

CABEÇA DE ANTÍGONA - RELEASE Maranhense, nascida em São Luís, radicada em Niterói, Patrícia Porto é formada em Literatura e mestre e doutora em Educação. Tanto como pesquisadora, quanto poeta, Patrícia Porto trabalha a memória como matéria prima de suas criações. CABEÇA DE ANTÍGONA (Ed. Reformatório, 2017) é o seu trabalho mais depurado no mergulho na memória. É o ponto alto de uma triologia poética. Importante dizer que não se trata de memória ressecada, emoldurada ou de ninar. É a memória que nos faz o que somos e que pode surgir a cada decisão que tomamos, a cada ato do nosso dia a dia. Para Patrícia Porto, a memória é o passado – é uma passagem. Sobre Pétalas e Preces (2014), seu primeiro livro de poesias, trazia memória como fundadora de ciclos e urdidora de ritos de passagem. Parafraseando o termo “romance de formação”, podemos dizer que os textos apresentados são “poesia de formação”, em que a poeta se apresenta em sua maturidade artística. Diário de Viagem (2015),...

Lançamento Cabeça de Antígona _ Patricia Porto

Lançamento do meu livro.  Uma felicidade que divido com vcs. "Do alto da torre deste reformatório, o repique dos sinos, para anunciar nosso próximo lançamento: "Cabeça de Antígona", de Patricia Porto que, segundo Délcio Teobaldo na apresentação do livro, "possui o manejo, tem as mãos adestradas ao ofício, mas chuta as panelas, rasga a nesga da saia a navalha, aumenta a chama a ponto de incendeio, erra a pitada do tempero. Por isso, quando me pediu que escrevesse uma orelha para este livro, reagi com ironia: “Ora, ora, Patrícia... Não te farei apenas a orelha. Te faço escuta”. Sonora escuta, porque os poemas de “Cabeça de Antígona” como, aliás, toda a poética de Patrícia Porto é de uma musicalidade que beira ao absurdo. Provoca desvario. Então, não se surpreendam que, cabocla e maliciosamente, sua Antígona se assemelhe a uma ribeirinha ancuda terçando um coco, um tambor de Mina, um samba de roda. Assim ela põe Antígona e Ogum no mesmo terreiro, e no rit...

"A cadela do fascismo continua no cio"

Norman Rockwell http://www.anf.org.br/a-cadela-do-fascismo-continua-no-cio/ Inicio este texto com a célebre frase de Bertoldt Brecht: "a cadela do fascismo está sempre no cio". Todos sabemos que os tempos de hoje são tempos favoráveis às criaturas sombrias. O grande cineasta, George A. Romero, “pai” dos filmes de zumbis, morreu há pouco tempo, mas nos deixou de herança esta simbologia dos mortos-vivos e vivos-mortos. O que retorna dos túmulo permanece  vivo, mas agora é vivo-morto. A cinematografia recente vem trazendo nas suas representações os efeitos drásticos de se viver numa terra arrasada por zumbis. Por isso mesmo faço a escolha desta duas imagens para falar do retorno do ódio neste período recursivo da história, do ódio que mora no coração dos homens e que retorna como super bactéria, se alastrando pelo ressentimento cíclico ou por uma nova forma vil e gratuita de contaminação via redes sociais. No Brasil, estamos vivendo tempos de terra arrasada, tempos ...

Os filhos esquecidos da educação

http://www.anf.org.br/os-filhos-esquecidos-da-educacao/ No Brasil, a lei sempre pode justificar os meios e os fins. Para fazer e para não fazer. Para desdizer ou maldizer. Ouço que a lei existe em todo o mundo, em todos os Estados – de direitos ou exceção. Por isso sempre me questiono sobre a verdade. Lei e verdade andam desde sempre juntas, para o bem ou para o mal. E será que vale a pena discutirmos o que é a verdade hoje? Será que estamos preparados para esta discussão ou será que estamos dançando no escuro, como se ainda estivéssemos na Caverna de Platão à espera de alguma luz? Na Grécia Antiga, era a mitologia que explicava os acontecimentos através de narrativas heroicas. Aquiles e Odisseu são heróis coletivos e fundadores. O que mais importava naquele tempo era a narrativa, porque por ela se conhecia os homens. Pela narrativa, chegávamos à fundação dos povos. Pela narrativa, um povo dizimava o outro e fundava um novo princípio. No poema épico, Aquiles se banha de ...

Deus mesmo, quando vier ao Brasil, que venha armado

armado/ http://www.anf.org.br/deus-mesmo-quando-vier-ao-brasil-que-venha-armado/                     Clarice Lispector tem um texto belíssimo que fala sobre as vantagens de ser bobo. O bobo que ao se tornar “o ignorado” – consegue levar a vida com aquela dose de sonho e crença no mundo. “Ignoscere” é um verbo em latim que significa “não conhecer”. A ignorância pode ser tomada aqui – nessa origem, como sinônimo do “se não conheço, desconheço e não reconheço”. Seria então o desconhecimento voluntário do que não reconheço. E se algo diz muito perto à esta ignorância é a nossa conhecida não–compreensão da alteridade, que existe um outro além de mim. Se não conhecemos não compreendemos, se não compreendemos não podemos ver. Daí a distopia que tanto nos atinge ultimamente. Em tempos de distopia cresce a dureza sem ternura que leva à incompreensão, à “indiferença” e leva à banalidade do mal.             ...