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Narrativas Memorialísticas: Leitura Literária na Escola


Release do Livro


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Encontrando inspiração em escritores como Pedro Nava, a autora inaugura um caminho que une o rigor do texto acadêmico com a ousadia que só o texto literário permite – originalidade que levou este livro, quando ainda era tese, a ser finalista do Prêmio CAPES.

A partir de depoimentos de professores, Patrícia Porto compõe um quadro em que o ensino da literatura pode (e deve) se confundir com a própria literatura. Sem abrir mão da investigação epistemológica, a autora possibilita que os professores de literatura contem suas histórias, reflitam sobre suas vidas e revisitem seus primeiros encontros com a arte da escrita.

São depoimentos e histórias de vida que levam a autora a promover um rico diálogo entre cultura oral, literatura e folclore e a demonstrar como tudo isso pode ser reunido, com leveza, graça e entusiasmo dentro da sala de aula. Sim, porque o livro também trata da prática, do dia a dia, do chamado “chão da sala” e demonstra a riqueza que pode brotar desse chão.

Ao trabalhar as narrativas memorialísticas dos professores Patrícia Porto faz com que eles se reapropriem dos territórios imaginários, dos bens e dos tesouros que trazem (guardados ou esquecidos) em suas memórias docentes.

Apoiando-se em teóricos como Walter Benjamin, Mikhail Bakthin e Gaston Bachelard a autora nos introduz dois novos conceitos que ela própria desenvolveu – e hoje são uados como base para grupos de estudo em universidades brasileiras – a Memória Polifônica e a Memória Proustiana. Formas de memória, que as narrativas, ao unir a vivência pessoal e o momento histórico e social em que essa vivência ocorreu, imbricam, moldam e formatam o que é dito.

"Narrativas Memorialísticas de Professores: Leitura Literária na Escola" é um título obrigatório para quem se dedica a pesquisar, resgatar e valorizar a trajetória daqueles que, mesmo nas mais adversas condições, do ensino, acreditam na literatura a ponto de passá-la adiante não como uma matéria, e sim como uma arte. É uma obra que revigora quem está em sala e inspira quem nela pretende estar.

Ricardo Gualda, Escritor e Publicitário

*

“Na leitura apaixonante/apaixonada do texto de Patrícia Porto surgem as ambiguidades do ato narrativo, concernentes à forma de “ensino da literatura na escola”, e o desafio de enfrentar tal situação a partir de um compromisso, a partir de um processo epistemológico e poético com a arte de educar”, afirma Márcia Pessanha, professora doutora da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense.

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